Principais fatores para a qualidade e segurança no atendimento

Pensando sempre no melhor para seus pacientes, o Hospital das Clínicas Dr. Neves, segue rigorosos padrões de segurança e qualidade em seus atendimentos, a fim de seguir a premissa de sempre buscar melhoria na segurança do paciente. A seguir, listamos os fatores mais importantes para a segurança e qualidade do atendimento ao paciente.

Melhorar a segurança do paciente é um objetivo de todo sistema hospitalar e de saúde. Os conselhos de administração e os gestores possuem responsabilidade em garantir alta qualidade e uma assistência segura ao paciente. Em primeiro lugar, as metas de melhoria da qualidade e redução de danos ao paciente devem ser incorporadas ao processo de planejamento estratégico das instituições. Além disso, líderes e comitês de qualidade devem se envolver no processo.

“A gestões mais eficazes dedicam uma parte significativa de cada reunião da diretoria para discutir qualidade e segurança”, ressalta um artigo do portal Trustee Mag, revista dedicada a abordar a atuação nos níveis estratégicos, com foco em conselhos de administração.

Enquanto os hospitais e os sistemas devem continuar acompanhando dados e medidas individuais, combiná-las com uma taxa total de dano ao paciente fornece uma oportunidade mais clara para a discussão crítica de estratégias organizacionais para a qualificação.

Dentre as principais estratégias para eliminar danos e melhorar a qualidade, encontram-se transparência; engajamento de médicos, pacientes e familiares; alinhamento de metas em toda a organização; e redução de disparidades.

O que é medido é feito. Hospitais e sistemas de saúde devem ter metas específicas e mensuráveis para melhorar a qualidade do serviço e eliminar danos ao paciente. Idealmente, o desempenho do hospital deve ser monitorado mensalmente. As áreas de dano ao paciente incluem:

  • Eventos adversos relacionados a medicamentos,

  • Infecções do trato urinário associadas a cateter,

  • Infecções da corrente sanguínea associada a cateter central,

  • Lesões causadas por quedas,

  • Eventos adversos obstétricos e relacionados a cesarianas,

  • Úlceras de pressão,

  • Infecções cirúrgicas,

  • Tromboembolismo venoso, e

  • Complicações associadas à ventilação mecânica.

Essas métricas devem ser agregadas às normas gerais de atendimento da organização. Isso permite que o hospital implante melhores estratégias para qualificar o atendimento ao paciente em todos os setores, todo o tempo e para cada paciente. Por exemplo, hospitais e sistemas de saúde ligados à Associação Americana de Hospitais (American Hospital Association and Health Research & Educational Trust Hospital Engagement Network) usam o modelo “Eliminating Harm Across the Board” para ilustrar a forma de medir progresso e eliminar problemas ao rastrear o número real de ocorrências, destacando medidas específicas de redução de danos e estratégias de compartilhamento para o sucesso.

A taxa total de dano ao paciente oferece outras vantagens. Fornece um quadro claro que pode ser usado para envolver profissionais e gestores. Focar diferentes prioridades ajuda a conectar pontos para que os membros da equipe não vejam apenas como mais um projeto. Além disso, as taxas podem abordar qualidade, comitês executivos médicos e de enfermagem, o que ajuda a unificar diferentes atividades de melhoria.

Cinco Estratégias para Eliminar Danos

 Analisar danos ao paciente e identificar áreas que requerem ações de melhorias urgentes são fundamentais no que diz respeito a qualidade e segurança do serviço prestado. Ao invés de analisar um indicador e identificar tendências, o acompanhamento global incentiva a discussão sobre as estratégias de toda a organização para eliminar os problemas. Debates entre diretoria e conselhos, devem se concentrar para garantir transparência; envolvimento de médicos, pacientes e familiares; incentivar o trabalho em equipe; alinhar incentivos de liderança; e reduzir as disparidades no atendimento, explicados abaixo:

1: transparência

Ter um acompanhamento do dano total da instituição fornece dados convincentes e gera impacto emocional. Quando os eventos adversos ocorrem em um hospital ou sistema, é preciso dar uma resposta ao paciente e sua família, e também usar o evento como uma oportunidade para aprender e melhorar. Os líderes da unidade podem publicar dados de qualidade em suas respectivas áreas, e do hospital em geral, e os membros do conselho devem solicitar dados às equipes da linha de frente. Quando as informações sobre danos do paciente são relatadas para as lideranças, tratando os pacientes pelo nome, chama a atenção para o fato de que o dano aconteceu com uma pessoa, não sendo apenas um número estatístico.

2: Engajamento

O engajamento clínico pode fortalecer enormemente os esforços de melhoria da qualidade. Gestores e lideranças devem comunicar e trabalhar em estreita colaboração com os clínicos ao estabelecer metas e prioridades de qualidade e segurança do paciente. Assim, médicos e enfermeiros membros do conselho terão as competências clínicas para entender e acompanhar as melhorias. Além disso, colaborar com pacientes e familiares pode ajudar a construir um hospital centrado no paciente. Em tal sistema, os pacientes e as famílias são incentivadas e apoiadas como membros essenciais da equipe de saúde, e têm oportunidades significativas para servir como consultores e parceiros nos esforços de melhoria da qualidade, em iniciativas de segurança do paciente e na redefinição dos cuidados de saúde.

Muitas organizações de alto desempenho usufruem de um conselho formado por pacientes e familiares. Estes grupos reúnem-se mensalmente ou bimestralmente e se concentram em compartilhar a perspectiva do paciente sobre novas políticas, projetos de instalações, e medidas de qualidade na segurança. Estes conselhos também podem servir como uma voz poderosa na revisão de estratégias de qualificação.

3: Alinhamento

Recursos devem ser alocados para a coleta de dados de dano ao paciente, para implementar iniciativas de melhoria da qualidade. Administradores também devem entender como o desempenho geral e normas específicas impactam o desempenho financeiro da organização.

4: Equidade dos cuidados

Lideranças hospitalares precisam analisar e enfrentar as disparidades de cuidados como uma estratégia para reduzir os danos. A diversidade dos pacientes e as disparidades nos cuidados devem ser fatores-chave na coleta de dados e na busca por um melhor ambiente de cuidados de saúde.

5: Ter uma lista de verificação para gestores

Administradores podem usar esta lista para melhorar a qualidade dos cuidados e reduzir danos ao paciente:

  1. Considere o dano total ao paciente como uma medida fundamental da segurança do paciente;

  2. Meça e monitore a taxa total de dano ao paciente mensalmente;

  3. Discuta estratégias organizacionais com foco na melhoria;

  4. Seja transparente sobre a taxa de danos e as estratégias de melhoria;

  5. Alinhe incentivos para a liderança, para eliminar dano ao paciente.

“Gestores hospitalares representam a comunidade e o paciente. Eles devem revisar as taxas gerais de dano ao paciente em todas as reuniões. A medição e eliminação dos danos são essenciais para um serviço de alta qualidade, para o cuidado centrado no paciente – e uma meta estratégica imperativa”, encera o artigo.

Saiba mais no site http://www.hret-hen.org/ (http://www.hret-hen.org/) (em inglês).

Acesse também The One Tool You Need to Measure Patient Safety and Quality (http://www.hhnmag.com/articles/3249-the-one-tool-you-need-to-measure-patient-safety-and-quality)

Fonte: Setor Saúde